segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Memória do Futebol Alagoano - ASA de Arapiraca-AL


Fantasma ou Mancha
Mascote que identifica o ASA como o "Fantasma das Alagoas".

A Agremiação Sportiva Arapiraquense ou ASA é um clube brasileiro de futebol, da segunda maior cidade do estado de Alagoas, Arapiraca. É o clube que mais conquistou títulos em Alagoas no Século XXI.

ASA - Campeão de 1953

Em pé:Pedrinho Vital. Antonio Rocha. Erivaldo. Acebilio. Dema. Baiano. Zezinho. Zequinha. Pinheiro.Cicero. Luizinho e Dr. Nelson Rodrigues.Agachados: Everaldo. Cabeleira. Netinho. Cecé. Paizé. Marcelo e Waldemarzinho.

A FUNDAÇÃO


Fundado em 1951, depois que o Ferroviario, clube da empresa que estava construindo Ferrovias, daí o sugestivo nome, fechou as portas.
O Asa já foi "perseguido" por ilustres pessoas. Uma delas, João Saldanha, ex-técnico da Seleção Brasileira em seus comentários, se referia a "esses arapiracas da vida", uma alusão em se tratando de clubes ruins.
Anos depois, Francis Hime e Chico Buarque eternizaram o clube na música "E Se", que falava das coisas improvaveis ou impossiveis de se acontecer. Na letra da musica, o Asa pagava o pato. "E se o Arapiraca for campeão..."
A propria imprensa "paulista", lembro-me bem, caia na tentação de falar do Asa, quando algum clube do estado ia mal das pernas.
Tá certo que o Asa viveu tempos ruins, mas que queimaram a lingua, ah.....disso não se tem duvidas!!!

HISTÓRIA

Em 1951, Arapiraca tinha como prefeito o Dr. Coaracy da Mata Fonseca. A cidade, ainda pequena, começava a trilhar o caminho do progresso. A feira já começava a se destacar em todo o Nordeste brasileiro. A empresa Camilo Colier estava construindo a estrada de ferro (todos na cidade estavam com medo, pois diziam que quando o trem estivesse chegando na então vila Lagoa do Rancho, já seria perigoso atravessar o trilho no centro da cidade - ± 15 Km).
A construção da estrada de ferro exigia o trabalho de muita gente. E essas pessoas buscavam algum meio de diversão nos dias de folga. Como não poderia deixar de ser, o futebol estava em primeiro lugar. E a pedido dos funcionários, a direção da empresa resolveu construir um campo de futebol.
Formou-se o time, que obteve o sugestivo nome de FERRROVIÁRIO, com as cores preto e branco. As tardes de domingo da cidade passaram a ser mais movimentadas, pois seus habitantes tinham lugar certo para ir, o campo da estação.
Mas a construção da estrada de ferro foi concluída. O Ferroviário acabou. A diversão das tardes de Domingo acabou.
No entanto, empresários e autoridades da cidade não estavam conformados com o vazio provocado pela falta do futebol. Surgiu, assim, no dia 25 de setembro de 1952, a ASSOCIAÇÃO SPORTIVA ARAPIRAQUENSE, era "o" ASA que surgia da força empreendedora do Sr. Antônio Pereira Rocha, o primeiro presidente.
O primeiro campeonato do qual participou foi o de 1953. E começou com o pé direito. Foi Campeão Alagoano, apesar deste título somente ter sido reconhecido pela Federação Alagoana de Futebol em 1998, por iniciativa direta do cidadão arapiraquense Dr. José Pereira Neto. Depois, o ASA foi bi campeão alagoano nos anos de 2000 e 2001. E campeão nos anos de 2003 e 2005. Nos últimos seis anos, o clube de Arapiraca conquistou quatro titulos.
Em 1977, por decisão da diretoria, passou a chamar-se AGREMIAÇÃO SPORTIVA ARAPIRAQUENSE, continuando a ser o mesmo ASA.
No ano de 1982, uma infeliz idéia brotou, levando o eterno alvinegro da terra dos Andrés, a ser rubro-verde. Mas pouco tempo depois, o "pendão alvinegro", imortalizado no hino pelo Prof. Pedro de França Reys triunfou.
O alvinegro arapiraquense foi vice-campeão alagoano nos anos de 1967, 1970, 1979 e 1991. Em 2000, após quase 47 anos sem ganhar um campeonato, sagrou-se campeão alagoano. Repetiu a dose e conquistou o bicampeonato em 2001. Com isso, ficou consagrado como último campeão do século XX e primeiro campeão do século XXI. Foi campeão alagoano também em 2003 e 2005.
Em 2005 não só venceu o campeonato estadual, quando ganhou os dois turnos (COPA MACEIÓ e COPA ALAGOAS), não possibilitando a mínima chance para os seus adversários, como também conquistou um título interestadual, a COPA ALAGIPE, sendo considerado vencedor da TRÍPLICE COROA.
Com tantas vitórias, o ASA já é o "CAMPEÃO DA DÉCADA", demonstrando que está cada vez mais forte e transforma a vida de uma cidade que ri, chora, se enche de esperança, sem jamais abandonar a sua religião, o seu alimento, a sua vida, o SEU ASA. O GIGANTE ASA DE ARAPIRACA.
E esta cidade, ao ver o ASA campeão, faz esvoaçar sua bandeira com o vento da alegria, prendendo-a com o cravo da tradição e glorificando toda a nação alvinegra da terra de Manoel André.

Distintivos


Primeiro escudo
Adotado no ano da fundação.


Segundo escudo
Adotado em 1977.
A única mudança foi no nome que passou de Associação para "Agremiação".


Terceiro escudo
Escudo utilizado na década de 80.


Distintivo Atual
Nova mudança no ano de 2000.

E-MAIS

- A maior façanha da história do ASA foi vencer o Palmeiras-SP por 1 a 0 em pleno Parque Antártica, e mesmo tendo perdido por 2 a 1, seguiu em frente na Copa do Brasil de 2002.


A rivalidade no clássico do interior - ASA e CSE

O ASA faz, junto com o CSE, da cidade de Palmeira dos Índios a maior rivalidade do futebol do interior de Alagoas.
O torcedor paga por um espetáculo nem sempre compensador. O futebol não tem preconceitos, não faz distinção de raça ou cor. Arrasta milhões de adeptos e ninguém sabe quando eles se sentem bem ou mal. Se seu clube perde, seus extravasamentos atinge as profundezas das mais perigosas reações. Se o time ganha, a forma inversa desses extravasamentos vão aos píncaros da euforia.
A grande rivalidade do futebol do interior alagoano foi durante muitos anos, entre o ASA de Arapiraca e o CSE de Palmeiras dos Indios. Um dos episódios mais dramáticos aconteceu em 1953. Começou com a decisão do campeonato matuto. O jogo foi realizado em Palmeiras dos Indios, numa tarde sem sol e com nuvens escuras no céu. Para apitar o grande jogo, o melhor juiz da época, Waldomiro Brêda. O jogo transcorria normalmente e o ASA vencia por 1x0. A chuva que caia em Palmeira dos Indios era cada vez forte. Aos trinta e cinco minutos do segundo tempo, a coisa se transformou em tempestade. Waldomiro Brêda foi obrigado a suspender o jogo. Na mesma semana, a Federação Alagoana de Desportos programou para o domingo seguinte o restante dos noventa minutos para se conhecer o campeão. Jogados os dez minutos, o marcador não se alterou. Como o publico pagou para assistir um jogo de noventa minutos, os dirigentes acertaram que os times continuariam jogando mais oitenta minutos de forma amistosa.
Foi nesse período que se deu a maior confusão dentro e fora de campo. A briga começou entre os jogadores que trocaram socos e pontapés. Fora do campo , um torcedor do CSE agrediu moralmente o presidente do ASA, Antônio Rocha. Como ele estava com um guarda chuva, deu uma cacetada no torcedor. O tempo também fechou fora das quatro linhas. Uma verdadeira guerra sem soldados. Ninguém procurar contornar a situação. Nem podia. Todos davam e apanhavam. Para sair de Palmeira dos Indios, a delegação do ASA passou por vexames e humilhações. Afinal, o numero de torcedores do CSE eram bem maior do que do ASA.
A revolta em Arapiraca tomou conta de todos seus habitantes. Todos queriam uma forra. No dia seguinte, na segunda feira, se realizaria a famosa Feira de Arapiraca. Muitos caminhões começaram a chegar de Palmeira dos Indios carregando palmeirenses para comprarem e venderem mercadorias. O chefe de policia de Arapiraca se juntou com o delegado e um punhado de torcedores, aqueles que mais apanharam em Palmeira dos Indios, foram para a entrada da cidade, a fim de esperar os caminhões. A forra foi dada ali mesmo. Os caminhões eram parados pelas autoridades e seus policiais e os arapiraquenses apontavam aqueles que estavam no estádio e na briga do dia anterior. Não adiantava dizer que havia engano. Era descer e apanhar. Por causa desse episódio, durante muitos e muitos anos, ninguém de Arapiraca ia a Palmeira dos Indios e vice versa. E tudo começou numa tarde bonita de sol em meio a uma festa pela conquista de um titulo de campeão.


Títulos

Regionais
Copa Alagipe: 2005.

Estaduais
Campeonato Alagoano: 5 vezes (1953, 2000, 2001, 2003 e 2005).


Bicampeão alagoano 2001

Fonte: Sítio Campeões do Futebol, Sítio Oficial do ASA e Sítio Museu do Futebol

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